QUERIDO DIÁRIO. Nicole Kouts. São Paulo, SP. 2020. 40”
Querido Diário, é um vídeo que registra uma navegação por arquivos de um computador. São algumas pastas iguais, com numerações diferentes. Uma delas leva a uma sequência de fotografias iguais, com numerações diferentes. Há uma indicação de que são cópias de uma mesma imagem. Uma delas é escolhida e ampliada até o limite. Em todas as fotos há a imagem de um mesmo computador, típico do início do século XXI, com uma praia ensolarada como plano de fundo. Diários pessoais costumam conter registros cotidianos de caráter íntimo sobre pensamentos, experiências e segredos. O que acontece quando segredos se tornam pixels, memórias se tornam dados e o cotidiano se torna código?
NAVEGO EM BUSCA DE NOVOS ESTÍMULOS. Veronica Laminarca. São Paulo, SP. 2020. 4’57”
“Navego em busca de novos estímulos”, uma videoarte que mostra uma filmagem da tela de um computador enquanto um usuário faz pesquisas relacionadas a janelas, fazendo a relação entre janelas físicas e janelas no meio digital, ao mesmo tempo em que entra em pesquisas de assuntos sobre vazio, tédio e falta de estímulos, estando circundado de estímulos visuais em diversas janelas do computador. Uma videoarte que busca retratar o momento de quarentena do ano de 2020 e a relação dos indivíduos com este momento e mundo digital
COVID-19 ZEITGEIST-20. Eddie Silva. Assis, SP. 2020. 4’10”
Short film inspirado numa short story de Tolstoy, feito durante a quarentena da pandemia. De palavras a GIFs, épocas diferentes com algo em comum. De quanto tempo um homem precisa?
BLOCO DA ALEGRIA. Vítor Teixeira. Niterói, RJ. 2019. 3’41”
Justo no dia que o velho partiu, Gragoatá brada a dor de um luto repentino sobre imagens preservadas da folia dos carnavais de 1936 e 1937 do Rio de Janeiro, antes que tudo vire cinzas.
CONCERTO PARA MÃOS. Osmar Domingos. Itajaí, SC. 2020. 4’18”
Um registro jornalístico tomado pelos usuários como meme e disperso massivamente na internet é apropriado e por ele o olho da tela passeia: primeiro pelas mãos que, como em uma pintura renascentista, agem na imagem, para aos poucos revelar a violência a partir da qual se armam, e, em seguida, retornar para um site de pesquisa que revela a vertigem de replicação desta imagem.
INSTRUÇÕES PARA DISSECAR A MEMÓRIA. Letícia Gomes. São Carlos, SP. 2020. 2’01”
Vídeo-diários captados entre 2017 e 2018 e outras imagens encontradas são reorganizadas em um vídeo poema, como um conjunto de instruções para dissecar a memória.
28 DE OUT. Eduardo Bordinhon. São Paulo, SP. 2019. 3’38”
28 de outubro de 2018 acompanha o dia de votação do segundo turno das últimas eleições presidenciais. Captado em Super 8, em formato de take único (no qual a edição do filme é feita na câmera e tudo que é filmado vai para a exibição), o filme mistura o registro imagético desse dia na cidade de São Paulo, da abertura das urnas até a vitória do então candidato Jair Bolsonaro, com o som da “cobertura” jornalística da imprensa sobre o atual processo político pelo qual passa o Brasil. Com três minutos e meio de duração (tempo médio de um cartucho de S8), o filme condensa reflexões sobre um importante agente de nosso processo político: a imprensa. Está aí a receita.
#. Caio Sales. Gravatá, PE 2020. 3’20”
Infodemia, pandemia, pandemônio.