FLOW DA CÁPSULA. Wandré Gouveia. São Paulo, SP. 2020. 4’59”

O corpo do performer em relação com uma caixa de papelão, vinda de uma realidade nonsense, abre uma brecha ao imaginário e diálogo com um universo animado. Este personagem desenha seus próprios cenário e transita surrealmente entre esses, ao ponto de real e animado se fundirem criando uma experiência estética e narrativa entre o quotidiano e a eternidade das nuvens.

 

Convés. Jonta Oliveira. Aracaju, SE. 2020. 2’26”

Em uma noite agitada, um ser humano se vê obrigado a enfrentar sonhos e memórias que o leva a questionar sobre sua própria realidade.

 

SALTO NO VAZIO. Marcelo Martins Santiago e Karol Saldanha (Lampejo Filmes). Rio de Janeiro, RJ. 2020. 1’45”

 

O amor vela o futuro e segura no presente um infinito. CIZÂNIA. Elizabeth Ramos. Tiradentes, MG. 2020. 2’04”

A apropriação, dominação, hierarquia e autoridade tecem um conjunto de descumprimento com a equidade entre gêneros, manifestando a lacuna na cultura o qual estamos inseridos. Perfilhar e naturalizar tais ações acarretam em anomalias sociais que refletem em todos os gêneros. No entanto, sabe-se que o gênero feminino tem sido lesado ao longo da história, gerando sentimentos de incapacidade, submissão, culpa e inferioridade que atravessam o tempo acumulando consequências desastrosas para integridade física, intelectual, psicológica e moral de mulheres contemporâneas. Comprometida à confrontar a conjuntura atual, a obra Cizânia é composta por duas esculturas modeladas minuciosamente com as mãos que compartilham um sentimento genuíno de transformação.

 

UM FILME DE RICARDO. Rafael Neri Martins Ferreira. Araçatuba, SP. 2019. 3’21”

Ricardo um dos psiquiatras da clínica nossa senhora de Salete é interrompido no meio de uma entrevista e tem seu passado revelado.

 

SEM TÍTULO. @carlinhoshotwheels. São Borja, RS. 2020. 1’12”

Processo de criação artística a partir da palavra e uso do smartphone como dispositivo de captação de imagem e som e também como ilha de edição

 

FLORESTA ESPÍRITO. Clara Chroma. Pindamonhangaba, SP. 2020. 4’59”

Uma viagem xamânica pelas entranhas da Floresta Atlântica.

 

TERRITÓRIO. Dani Gonçalves, Pamela Mondaca. São Paulo, SP. 2020. 3’

Duas mulheres e uma câmera improvisam para um cotidiano reinventado. Um vídeo experimental que manipula ciclos e se faz território. Inspirado por um texto do Manual de Psicomagia de Alexandro Jordorowski, em que uma curandeira mapuche diz a um turista: “eres un hombre sin paisaje”. Estaríamos nós todos, nesse momento de isolamento social e pandemia, nos tornando pessoas sem paisagem? Casa e corpo são habitados por imagens e sons: varal, lençol, plantas, rangidos, uma máquina de lavar, um suspiro. Ao manipulá-los, o vídeo propõe uma redescoberta desses elementos tão familiares.

VULTO TURVO. Benia Almeida. Fortaleza, CE. 2020. 3’03”

Armazenamento de horas em um jarro de vidro.

 

TORMENTX. Leandro Corinto. Rio de Janeiro, RJ. 2020. 2’06”

Tormenta

Substantivo feminino

1.1. Tempestade violenta, temporal, borrasca
2.2. Grande quantidade de coisas más

1.1. Ato ou efeito de atormentar-se.
2.2. Sofrimento físico intenso provocado em um ser, humano ou animal, por crueldade, tortura, suplício.

Tormento

Substantivo masculino

TORMENTX propõe um jogo sensorial e onírico, onde tormenta e tormento coabitam num mesmo espaço. A peça tenta expressar em imagens a sensação de estar em isolamento. No momento em que um evento de proporções globais cerceia a liberdade e traz sensações como o medo e a angústia, TORMENTX evoca sentimentos primários e vislumbra um mundo onde a luz ainda está reencontrando seu caminho. A névoa e a escuridão se fazem presente e é preciso aguardar que se dissipem.

 

(GOD) LESS. Motarys. Curitiba, PR. 2020. 2’05”

Experimentação de cores e sons puramente estética, Filmado e editado durante o isolamento em Curitiba.

 

CECRÓPIA COM CERCÓSPORA. Bruno Cabús. Aracruz, ES. 2020. 1’20”

Experimento em animação stop motion a partir de fungos que habitam as folhas da árvore Embaúba.

 

PARA DESENHAR COM OS OLHOS. Anna Moraes. Florianópolis, SC. 2020. 58”

Para desenhar com os olhos é uma série de vídeos feitos em stop motion de imagens produzidas por programação. Os vídeos apresentam o fundo branco e sugerem a trajetória de um ponto no espaço. O trabalho surge de uma pesquisa da possibilidade do desenho que expande para diferentes suportes e linguagens que não só o desenho tradicional de lápis sobre papel. Considerando o desenho como uma linguagem universal, diferente da fala e da escrita, e está associado à capacidade de projetar imaginários, de ligar pontos vistos no céu e criar constelações, de movimentar as mãos para representar o movimento do mar ou de percorrer ruas da cidade como um desenho no espaço: tudo é desenho quando analisado pelo viés conceitual, sensível e abstrato desta atividade ancestral que nos acompanha desde a infância. Assim, este projeto surge como um convite, uma idealização de desenhar com os olhos ao perseguir o ponto no espaço. É um convite aos olhos do espectador para desenhar junto, uma prática quase impossível quando se desenha com o lápis: é possível compartilhar a feitura de um desenho?

 

EL ORO DE LOS TIGRES. Ramiro Ontiveros. El Bolsón. Rio Negro, Argentina. 2020. . 1’33”

Vídeo experimental realizado com fragmentos de película de 16mm, que intenta submergir-se en el mundo ciego de Jorge Luis Borges.