OITENTA. Angelo Pignaton. Brasília, DF. 2019. 4’44”
Pessoas relatam como parentes próximos morreram em ações policiais.
BILE. Ricardo Martins. Rio de Janeiro, RJ. 2020. 4’08”
BILE é um poema visual, uma pessoal e possível transposição audiovisual da crônica homônima de João Ximenes Braga e também uma homenagem/denúncia do racismo institucionalizado que matou o menino João Pedro Mattos Pinto numa “ação” policial em São Gonçalo, Rio de Janeiro, no dia 18 de maio de 2020.
TEMPO DE PIPA. Marvin Pereira. Cachoeiras, BA. 2020. 4’19”
Esse poema não tem fim, é eterno.
VITÓRIA. Afrokaliptico. Rio Grande, RS. 2020. 4’24”
Uma videoperformance ritual que se insere no contexto da pandemia da COVID-19, em que poucos podem velar seus entes queridos e as políticas de morte tem estado em evidência. Insiro minha bisavó, Vitória Ferreira de Alcântara como parte da performance por sua trajetória como benzedeira na comunidade de Nova Conquista em Santo Amaro, no Recôncavo Baiano. A partir deste fato, construo uma ação artística, política e espiritual para lidar com os afetamentos de processos de cura e autocuidado em tempos de caos e necropolítica. Uma conversa entre memória-ancestralidade, esquecimento, imagem, corpo, voz, espírito, invisibilidade e silenciamento. Uma fissura entre lugares delicados de se transitar.
COR DE PELE. Larissa Moura Barbosa, Ana Clara Martins Leiva Ramos, Isabela Israel Cardoso Martins, Lorena Medeiros Scarpel. Foz do Iguaçu, PR. 2019. 3’25”
O curta-metragem Cor de Pele se enuncia através de um poema, retratando questões que permeiam a vida de mulheres negras como o machismo e o racismo, mas também a ancestralidade e a força que essas mulheres encontram em sua união. Entendendo que essas narrativas apesar de distintas estão calcadas em uma mesma raiz.
ERINLÉ. Tothi dos Santos. Aparecida de Goiás, GO. 2020. 3’06”
Orixá da cura em sua vasta natureza. A manutenção do corpo que se planta. Mandingando com sol e chuva cuidando de si.
PORTO MURTINHO. Mariana Massena. Rio de Janeiro, RJ. 2020. 3’07”
Mariana Massena, antropóloga, tem realizado uma auto reflexão que inicia na sua ascendência indígena e que se expande para uma reflexão coletiva. Na forma de uma “série de vídeos”, propõe questões étnicas, a partir do debate que tem acontecido no grupo de pesquisa do Ateliê Terreiro. Cantarolando o Ponto “Jurema ô Jurema”, ela narra mais uma história