CASA É PRA ISSO. Nat Barros, Marcelo Ricardo. Belo Horizonte, MG. 2020. 1’42”

Casa É Pra Isso é um trabalho inédito que surge de uma investigação conduzida pela artista Natália Barros sobre a relação entre o corpo e a casa que habita, no contexto da pandemia de COVID-19. A proposta para a produção audiovisual em parceria com o cantor e multi-instrumentalista Marcelo Ricardo é uma exploração sinestésica do lugar de morar, a partir da sensibilidade do corpo artístico. O convite ao espectador é de adentrar o lugar de morar com a audição atenta às sonoridades e a visão ao corpo em movimento. Os espaços do cotidiano são percorridos por outros ângulos, ritmos, sons. Abrem-se novas portas e se movimentam memórias e saudades. O corpo sente, escuta, fala, se movimenta. Ele é quem conta a história do habitar em confinamento. Ainda que à distância, a arte possibilita o encontro de dois corpos em torno de um desejo comum de criação.

 

64 PRA NADA. Clara de Cápua.. Botucatu, SP. 2020. 3’52

Através da múltipla replicação de uma mesma figura, eu tento falar do isolamento que nos coloca frente à própria companhia. Para além dessa tensão, procuro abordar também a questão da espera – não há nada a fazer a não ser esperar o tempo passar.

 

COMVIDA-20. Ana Cavazzana. Curitiba, PR. 2020. 2’45”

ComVida-20 é um filme que retrata de uma forma poética e real a pandemia Covid-19. O filme nos leva a pensar sobre quem somos e como seremos de aqui para a frente. Este filme foi desenvolvido por teletrabalho e respeitamos as normas de segurança prevista no estado de emergência.

 

CORONAVIDEO. Alek Lean. Rio de Janeiro, RJ. 2020. 1’30”

Em uma era de pandemia, um artista solitário na quarentena sofre com o isolamento e neurose de estar com sintomas, tornando seu processo intelectual quase impossível. Em sete momentos entre desespero e a restauração da sua imaginação criativa, a arte consegue transcender e se libertar através da mente.

 

FILME NO-AR. Melquior Brito. São Paulo, SP. 2020. 2’59”

Em meio ao isolamento social devido ao covid 19, um pai resgata uma velha brincadeira de infância para brincar com seus filhos. Mostrando que não é somente o vírus que pode se propagar no ar.

 

CANTO (SÉRIE: ENSAIOS DO CORPO NO LUGAR DE MORAR – CRIAÇÃO DE CASULO) 2020. N’na. Barueri, SP. 2020. 36”

Dois pés de um corpo tentam mover dois lados de um canto. Quando se caminha pra barreira, na direção do muro, o que é que sai do lugar? o que se move? A obra Canto faz parte da série Ensaios do Corpo no Lugar de Morar – Criação no Casulo. A série é resultado de uma provocação: como se misturam os sentidos e o corpo ao espaço de morar, o lar, durante a quarentena do Covid-19.

 

MERGULLO. Carolina Cáceres. Santana do Livramento, RS. 2020. 1’07”

Estamos sufocando, precisamos respirar… precisamos despertar.

HEAR. Rodrigo Huagha, Dayla Duarte. Brasília, DF. 2020. 1’59”

Escute.

 

O GRANDE SOM. Anais-karenin, Tatsuro Murakami. São Paulo, SP. 2020. 4’08”

“O Grande Som” trata da associação entre o tupanvírus, um vírus gigante, e a cosmologia tupi à respeito de Tupã. O tupanvírus foi descoberto em um lago de águas alcalinas no MS e, por se hospedar apenas em amebas, sua constituição é associada às formas ancestrais de vida na Terra. O nome do vírus faz referência à Tupã, um importante elemento da cosmologia originária guarani. “O Grande Som” aborda os paradoxos dessa associação.

 

DURMA ATÉ O NUNCA. Claudio Filho. Poços de Caldas, MG. 2020. 2’21”

Durma até o nunca reflete a constante redefinição de si que o isolamento nos coloca: nos redefinimos porque temos medo de encarar a si próprio. Para essa videoperformance, o ponto de partida foi essa pequena reflexão no qual a quarentena nos coloca em diálogo conosco. A partir de três instruções disparadoras de outras ações, são elas:

Deixe-se perder no tempo.
Lembre-se de respirar fora d’água
Encare a si

Tais instruções tiveram sua origem em situações pessoais dos momentos de isolamento: a observação do nada por horas a fio; a imaginação de viver em aquários, onde qualquer saída de meu habitat faria me sufocar e; me encarar no espelho, atividade por muito despercebida quando não, evitada. Unindo essas instruções e a forma passiva de estar no mundo que a quarentena me colocou, esperando constantemente de algo que não sei, propus traduzir essas instruções em objetos (apresentados nos primeiros frases) e transformá-las em ações – performances – adicionadas em fluxo descontínuo.

 

ISOLAMENTO DO OLHO MÁGICO. Matheus Seabra. Volta Redonda, RJ. 2020. 1’33”

Em tempo de isolamento, vemos o externo tomar conta através do olho mágico.

 

UMA CASA DENTRO DE OUTRA. Rebeca Lima Soares. Viçosa, MG. 2020. 2’29”

Sobre uma casa dentro de outra e os espaços possíveis no isolamento.

 

EU TE VEJO DAQUI. Kawanna de Oliveira. Joanópolis, SP. 2020. 2’56”

Trancado em casa, um aspirante a escritor reflete sobre suas sensações e pensamentos caóticos da quarentena, sob um novo ponto de vista de si e do outro.

 

O ABRAÇO LOGO VEM. Pedro Krul, Paulo Accioly Lins de Barros. Maceió, AL. 2020. 2’09”

Há muito o presente não era mais importante que o futuro. Sem dois beijinho, sem forró, bater ponto. Tudo está longe, todos estão longe, mas o abraço logo vem.